Motorista,pare e abra a porta,eu quero descer
Descer os degraus da eternidade,
Para nunca mais os subir,olho para trás e deixo a saudade.
Em outro plano físico eu luto por justiça,paz e igualdade.
Na volta para o mundo,estendo a mão a solidariedade.
-Não,não! Não quero voltar a esse lugar,envio apenas caridade.
-Não,não! Não necessito fugir,quero ir embora deixando na memória qualquer amizade.
-Não,não! Para que fugir?Vou caminhando em busca da espiritualidade.
Estou indo embora para nunca mais voltar,
Abri a porta e desci,na imensidão para cantar,
Um mundo louco,gigante a fora para se enfrentar.
Enquanto as crianças la fora,não tem medo de brincar.
Abri a porta e desci,não ouvi pelo meu nome chamar.
Motorista,um segundo por favor,sinto meu rosto queimar.
Um segundo por favor,apagarei mesmo se você me amar.
As coisas como estão nos dias de hoje,me obrigam a lhe deixar.
Para o nosso infinito descansar.
Thábata Piccolo
Curitiba,Outono 2012
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