Sabores


É assim que me vejo perambulando pelos cantos,
vagando nas dimensões de meus pensamentos em um tempo

que já não sei mais qual é.
Escrevo histórias,fabulas e contos...
Sem saber o que devo transmitir.

Levo a vida em uma constante nostalgia
refletida em meu dia-a-dia,
essa monotonia que rodeia cada dia
na presença das mesmas pessoas.
Qual é essa ferida que me afeta?

Nesse mundo em que todas as soluções
entendo como perdidas,nas minhas feridas
abertas ainda lembro de uma criança
que inocentemente sorria.
A dor que me causa esse amor.

Provei o gosto doce da paixão,
o gosto amargo da dor e o gosto inexplicável
do amor.Essa mistura de sabores que se fazem cores de meus amores.
Tão vasto e alegre,que percebo o inocente aroma
das flores.

Volto a indagar qual é o motivo de minha ferida?
Talvez encontre-se no mesmo caminho que devo percorrer
para esquecer-me da saudade.

Thábata Piccolo

Curitiba,Outono 2011

As pessoas seguem a vida servindo umas as outras,muitas vezes não medem seus atos e duvidam de suas consequências.As vezes a preocupação é tanta em não magoar ou ofender,que acabamos privando quem está ao nosso redor,e privando a nós mesmos de desfrutarmos todos juntos desses sentimentos que nós mesmos escondemos entre nossos olhares,gestos e jeitos.
Maneiras,que costumamos desprezar,pessoas com medo de se expressar,sem saber o que é realmente amar.
Metas,que a vida dá,e que a rotina mesma disponibiliza para concluirmos os nossos objetivos.
Tanto penso,reflito,que acabo não cumprindo os próprios objetivos que eu mesma me imponho.Agora reflito pela lágrima derrubada,pensando no que não foi feito,estipulando quantas chances terei,de modo que tantas outras eu desperdicei.
Penso por mim,estranho por tanto que ando a pensar,sem agir,sem formar momentos que se tornam reais apenas em minhas fantasias.
Reminiscências habitam minha mente,se evidenciam no meu dia progredindo a lentidão de meus pensamentos embaraçados,igualmente evidentes em minha rotina.
Ah,meu amor,nesse meu mundo não existe passado,não existe futuro,muito menos dor.Estaremos sempre no presente,com lembranças do que vivemos e do que sentimos.Saudade dos dias que aprendi a sorrir,ao seu lado...Assim,ficará para sempre!
Ah,meu amor...do que se constituí a distância se não é da saudade,do que é feito o amor  se não há impecilhos para nossa felicidade...Que gosto seria tão doce,se não fosse a paixão,e se não houvesse tempo,como viveria sem minhas memórias e o doce sabor do teu beijo.


Thábata Piccolo


Curitiba,Outono 2011


Mesmo assim,você ainda consegue sorrir...

Já não sei mais se é o cansaço que vira rotina,ou se é na rotina que se vive o cansaço.Muitas vezes caminhando sobre as calçadas da cidade,no movimento de veículos e muvuca de pessoas,meus pesamentos estão distantes enquanto meus pulmões se enchem de poluição.
São as ruas que já conheço,são as pessoas que convivo,são os mesmos lugares que frequento.São os mesmos pensamentos,as mesmas reflexões,as mesmas filosofias...
Cansei...de pensar sempre igual,de conviver nesse meio social,de não saber decifrar o que me faz bem,o que me faz mal...
Fugir,se não encontro a solução,correr,sem rumo,pra bem longe dessa nação.Fugir,sem ter conquistado a razão,correr sem ter aproveitado uma paixão.
Se há forças não sei de onde tirar,se tudo se resolve não sei onde encontrar.
Cansei de tentar mudar e não conseguir,cansei,de ver a humanidade sorrir,tendo certeza que tudo se constrói em falsidade,pois não existe tranquilidade,é só parar e abrir,a porta,ou a mente,e ver o que está por vir...
Mortes,destruições,atentados terroristas,problemas passando por cima de emoções...Pessoas com atos criminais,e mesmo assim...você ainda consegue sorrir ?

Thábata Piccolo

Curitiba,Outono 2011


Abri os olhos e não conseguia entender o que estava vendo,se estava sonhando ou se estava vivendo.Nos meus pensamentos paralelos a realidade,desencontrava caminhos que eu mesma criei,desviava de pedras que eu mesma coloquei,esperando um tropeço justo nas trilhas que meu destino formou pelos momentos que trilhei,imaginando o que a vida me guardava,o que em minha mente habitava,confundindo minha própria existência.Abri os olhos e não conseguia entender o que estava vendo,mas de nada eu via...

Curitiba,Outono 2011

Thábata Piccolo

Entre presenças descubro meus sentimentos,que fazem sentir-me confusa.Assim como desejo meus pêsames a qualquer pessoa que sinta-se mal.Indago-me em cada instante sobre o que habita em mim,sem saber se minhas palavras são sinceras e se os sentimentos realmente existem.
Não sou Sócrates,sou eu mesma,e se não sou,nem eu sei...Só queria ter certeza sobre o amor,sobre minha dor...
Amar,somente amar,sem medo das diferanças e de me expor.Pois o verdadeiro amor,deixa-se apaixonar sem o medo e sem os problemas de deixar de sonhar por uma realidade que não existe ou nunca existirá.
Se eu tanto soubesse,não estaria aqui procurando as razões por sentir meus olhos inchados e minha face molhada.
Amo-te,somente amo-te !


Thábata Piccolo


Curitiba,Outono 2011



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Abrir mi corazón...


Decido nuevamente abrir mi corazón
a la llegada del amor
despejando aquel dolor de lo pasado
y abrir mis ventanas
otra vez a la ilusión,
a la esperanza, a la pasión,
dejando aquel pasado en un costado...



Decido nuevamente abrir mi corazón
permitiéndome la llegada
de ese hermoso sentimiento,
que me completa, que es mi cimiento,
que me da vida, que es mi alimento...



Decido nuevamente abrir mi corazón
porque creo firmemente en el amor
sin importar las consecuencias
que ésto implique...
vacío, tristeza, soledad
o tantas ganas de llorar...
porque en el amor,
nos guste o no,
el dolor también existe...



Y no me importa, a pesar de ésto
te estoy abriendo de nuevo corazón,
ya pronto volverás a latir intensamente,
amando como ayer, profundamente
y serás nuevamente felíz,
tanto o más de lo que fuiste
al recuperar toda esa magia que perdiste...



Decido nuevamente abrirte, corazón,
mirando como siempre hacia adelante,
para darte como solo sabes darte,
intensa, sincera, dulcemente,
con amor, sin ningún temor
e inocencia al entregarte...


Laly Zayas