Choro meu

Como uma criança eu choro
Dói tanto amor,não ter você
Judia a dor de perder você
Como uma criança eu choro

Martírio meu amar você
Desejo meu,te esquecer
Vontade minha,viver sem você
Pranto meu,existir sem viver

Que desespero bate ao perceber
O tempo passou e a outra meu amor se juntou
Nega falando em saciar dos corpos,não acabou
A mim ama,a outra só comparecer

Não me importa isso não é motivo
Que amor é esse,onde existe espaço para outro alguém
Que apenas seja um saciar desmotivo
Se realmente ama por que choras,do prazer tu és refém

Como uma criança eu choro
Meu amor nos braços de outra
Como vou acreditar em tuas palavras?
Como uma criança eu choro

Não me conformo por te amar
Não acredito em você
Como uma criança eu choro
Não quero ver quem é meu amor com ninguém

A não ser com meu eu
Na distância
Na saudade
Como uma criança choro eu.


Thábata Piccolo

Curitiba,Primavera 2012

E quando o amor vencer,o que a sociedade irá dizer?


Quando o amor mostrar que sua força é maior que o preconceito,o que as pessoas dirão?
Quando se ver dois homens juntos como se fosse um casal qualquer de um homem e uma mulher,cada vez mais aparente,cada vez mais exposto,assim como duas mulheres juntas,o que farão?
Quando a lei permitir de fato o casamento legalizado entre pessoas do mesmo sexo,e a adoção de crianças,o que inventarão?
Quando o mundo vai evoluir,e parar de preferir traficantes e ladrões em suas famílias,ao invés de homossexuais honestos que apenas acreditam nos seus sentimentos?
Quando a sociedade vai progredir como a vida,antes de decair em preconceitos? A vida muda,os pensamentos mudam,as pessoas mudam,mas os sentimentos continuam iguais.Desde a época da pedra até nos dias atuais as pessoas aprenderam a viver em um mundo diferente,com coisas diferentes,e por que é tão difícil conseguir conviver com o amor e aceitá-lo?
Quando a injustiça será deixada de lado,quando o preconceito será esquecido,para dar lugar ao respeito?
Quando as religiões viverão para louvar Deus,se dentro de suas casas,não são bem vindos os próprios filhos,por serem diferentes?
Quando a diferença de idade entre um casal,será deixada de lado pelo afeto que ambos tem?
Quando números deixarão de interferir na felicidade das pessoas?
Quando a sociedade irá evoluir e entender,que as diferenças amenizam com o tempo? Realmente não acabam,mas é necessário ter mente aberta,para entender que o tempo é a solução.A garota de quinze anos,o homem de trinta anos,de certo modo errado,mas um dia o tempo vai passar,a garotinha de quinze será a mesma mulher de trinta,o homem de trinta será o mesmo  de quarenta.
Quando notarão o amor,ao invés do preconceito?O mesmo menino que gostava de meninos,será o futuro homem que gostará de homem.A mesma menina que gostava de menina,será a futura mulher que gostará de outra mulher,e nem por isso serão menos humanos que casais comuns.
Quando deixarão de pregar o que é certo,e o que é errado,pelo que a sociedade preconceituosa nos impõem?
Quando as pessoas valorizarão o que sentem,ao invés da imagem do que são ou deixarão de ser?
Quanto tempo será necessário passar para a humanidade evoluir e progredir?
O tempo passa,as pessoas lutam pela liberdade de expressão,mas o mundo não muda,é o mesmo de mil anos atrás,incapaz de compreender que o tempo passa e tudo muda,a vida é outra.É necessário crescer junto,mas a mente pequena deriva a proibição,que acaba em preconceito.Se as pessoas se adequaram a um  estilo novo,a nova forma de viver,por que não conseguem se adequar ao novo modo de amar?
Alguns sujam os nomes de outros por fazerem errado,e a sociedade já mal entendida generaliza culpando verdadeiros inocentes,e dando a mão para disfarçados indecentes,que seguem poucas regras,as consideradas normais com direitos e sentimentos oprimidos.
Peço por uma sociedade evoluída.
Porque sempre terão vários para te humilhar,levante a cabeça.
Sociedade,quando o mundo deixará de ser hipócrita,buscando a evolução,assim como a vida evoluiu e as pessoas ficaram para trás?



Thábata Piccolo


Curitiba,Inverno 2012









A embriaguez em mútuo desespero
Faz-me esconder a branca nudez
Do corpo mudo ao doce canteiro
Que hoje esconde o que já se desfez
Buscando palpar o impalpável
Amar o ser lamentável
Sem sentir a própria alma
Sem saber o que me acalma
Me desdobro redescobrindo sentidos
Procurando um breve respaldo
Na solene despedida noturna
No desperdício de palavras com escaldo
Assim corre a vida oportuna
Cega,infeliz,e divertidamente corrompida por fortuna
Ainda há tempo,ainda a amor
No amargo sabor que escorre da boca
Da verdade por trás dessa paixão
De uma jovem afoita e louca
Deslumbrada de emoção.



Thábata Piccolo

Curitiba,Inverno 2012




Dói na alma


Já estive pensativa em todos os momentos
Mas sem deixar transparecer a aflição
Marcando meus passos faço movimentos sedentos
Que ocupam grande parte da multidão

Pensando,me isolo das loucuras diárias
Segurando o álcool na mão e a dor no peito
Transformando a planta em fumo,assim me deito
Sem motivo para sorrir,desvendo a profecia,voando sem ter asas

A imaginação não acredita,realiza
O corpo não sente,faz outro sentir
A alma presa se auto legaliza
A vida rodeada de desejos,faz-se despir

Percebo a solidão quando sinto o frio
Entendo a distância quando busco carinho
Procuro as respostas com a mente fora de si
Bebidas e drogas,nem assim trilho meu caminho

Por favor,volte para mim,eu almejo as estrelas
Por favor,volte para mim,você é a minha única estrela...
Que reluz em meu infinito só
Aquece e faz curar,para sempre um nó

Distante estava ali,a minha solidão
Do outro lado você,vivendo comigo uma paixão
Agora eu aqui,alucinada clamando perdão.


Thábata Piccolo

Curitiba,Inverno 2012

Inalcançável silêncio
Iludido nas entrelinhas
Desse passado mal escrito
Abismado se faz pele
Nas sílabas que hoje dito
Complexado diz-se neutro
Deslumbre sedento
E meu semblante está a mostra
Mal posicionado recebe má influência
Confundindo os meus sismos que
Sobressai-se em meros desalinhos
No solene aguçamento
Causa um flerte aproximado
Vestígios de amor
Lentamente fecho as pálpebras
Decaio-me no precipício infinito.

A palavras que não devemos murmurar,apenas escutar.


Thábata Piccolo

Curitiba,Inverno 2012




Infinto em mim


Um dia se passa após a turbulência
Duas semanas se passam após a sua ausência
Três meses se passam após a consequência
Gostaria de dizer,que tudo acabou

Nada parece mudar
O tempo passa e tu és meu acalanto
Tão longe está que se vive de lembranças
Esse é meu maior espanto

Um beijo e um olhar,não paro de pensar
Um abraço e um afago,o suficiente pra lembrar
Sua voz o meu apego
A distância o meu desapego

Naquela rua perdi ali
Naquela praça traz aqui
Naquele bairro onde vivi
Um amor que nunca mais esqueci.


Thábata Piccolo

Curitiba,Inverno 2012





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Abrir mi corazón...


Decido nuevamente abrir mi corazón
a la llegada del amor
despejando aquel dolor de lo pasado
y abrir mis ventanas
otra vez a la ilusión,
a la esperanza, a la pasión,
dejando aquel pasado en un costado...



Decido nuevamente abrir mi corazón
permitiéndome la llegada
de ese hermoso sentimiento,
que me completa, que es mi cimiento,
que me da vida, que es mi alimento...



Decido nuevamente abrir mi corazón
porque creo firmemente en el amor
sin importar las consecuencias
que ésto implique...
vacío, tristeza, soledad
o tantas ganas de llorar...
porque en el amor,
nos guste o no,
el dolor también existe...



Y no me importa, a pesar de ésto
te estoy abriendo de nuevo corazón,
ya pronto volverás a latir intensamente,
amando como ayer, profundamente
y serás nuevamente felíz,
tanto o más de lo que fuiste
al recuperar toda esa magia que perdiste...



Decido nuevamente abrirte, corazón,
mirando como siempre hacia adelante,
para darte como solo sabes darte,
intensa, sincera, dulcemente,
con amor, sin ningún temor
e inocencia al entregarte...


Laly Zayas