Choro meu
Como uma criança eu choro
Dói tanto amor,não ter você
Judia a dor de perder você
Como uma criança eu choro
Martírio meu amar você
Desejo meu,te esquecer
Vontade minha,viver sem você
Pranto meu,existir sem viver
Que desespero bate ao perceber
O tempo passou e a outra meu amor se juntou
Nega falando em saciar dos corpos,não acabou
A mim ama,a outra só comparecer
Não me importa isso não é motivo
Que amor é esse,onde existe espaço para outro alguém
Que apenas seja um saciar desmotivo
Se realmente ama por que choras,do prazer tu és refém
Como uma criança eu choro
Meu amor nos braços de outra
Como vou acreditar em tuas palavras?
Como uma criança eu choro
Não me conformo por te amar
Não acredito em você
Como uma criança eu choro
Não quero ver quem é meu amor com ninguém
A não ser com meu eu
Na distância
Na saudade
Como uma criança choro eu.
Thábata Piccolo
Curitiba,Primavera 2012
A embriaguez em mútuo desespero
Faz-me esconder a branca nudez
Do corpo mudo ao doce canteiro
Que hoje esconde o que já se desfez
Buscando palpar o impalpável
Amar o ser lamentável
Sem sentir a própria alma
Sem saber o que me acalma
Me desdobro redescobrindo sentidos
Procurando um breve respaldo
Na solene despedida noturna
No desperdício de palavras com escaldo
Assim corre a vida oportuna
Cega,infeliz,e divertidamente corrompida por fortuna
Ainda há tempo,ainda a amor
No amargo sabor que escorre da boca
Da verdade por trás dessa paixão
De uma jovem afoita e louca
Deslumbrada de emoção.
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012
Dói na alma
Já estive pensativa em todos os momentos
Mas sem deixar transparecer a aflição
Marcando meus passos faço movimentos sedentos
Que ocupam grande parte da multidão
Pensando,me isolo das loucuras diárias
Segurando o álcool na mão e a dor no peito
Transformando a planta em fumo,assim me deito
Sem motivo para sorrir,desvendo a profecia,voando sem ter asas
A imaginação não acredita,realiza
O corpo não sente,faz outro sentir
A alma presa se auto legaliza
A vida rodeada de desejos,faz-se despir
Percebo a solidão quando sinto o frio
Entendo a distância quando busco carinho
Procuro as respostas com a mente fora de si
Bebidas e drogas,nem assim trilho meu caminho
Por favor,volte para mim,eu almejo as estrelas
Por favor,volte para mim,você é a minha única estrela...
Que reluz em meu infinito só
Aquece e faz curar,para sempre um nó
Distante estava ali,a minha solidão
Do outro lado você,vivendo comigo uma paixão
Agora eu aqui,alucinada clamando perdão.
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012
Inalcançável silêncio
Iludido nas entrelinhas
Desse passado mal escrito
Abismado se faz pele
Nas sílabas que hoje dito
Complexado diz-se neutro
Deslumbre sedento
E meu semblante está a mostra
Mal posicionado recebe má influência
Confundindo os meus sismos que
Sobressai-se em meros desalinhos
No solene aguçamento
Causa um flerte aproximado
Vestígios de amor
Lentamente fecho as pálpebras
Decaio-me no precipício infinito.
A palavras que não devemos murmurar,apenas escutar.
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012
Infinto em mim
Um dia se passa após a turbulência
Duas semanas se passam após a sua ausência
Três meses se passam após a consequência
Gostaria de dizer,que tudo acabou
Nada parece mudar
O tempo passa e tu és meu acalanto
Tão longe está que se vive de lembranças
Esse é meu maior espanto
Um beijo e um olhar,não paro de pensar
Um abraço e um afago,o suficiente pra lembrar
Sua voz o meu apego
A distância o meu desapego
Naquela rua perdi ali
Naquela praça traz aqui
Naquele bairro onde vivi
Um amor que nunca mais esqueci.
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012