Eu vejo a Terra em seus últimos dias de vida, os humanos matando os seres de todas as espécies,
inclusive entre si próprios. O que resulta da extinção em massa das espécies, rumo a extinção da própria raça humana.
Vejo hoje animais ditos como irracionais sendo mais racionais que os animais humanos, demonstrando lições de valoração a vida que os humanos ainda não aprenderam e estão muito longe de atingir a evolução necessária para esse entendimento.
O planeta Terra se esvaindo, a cada dia se dilacerando e as pessoas mais uma vez vivendo um dia após o outro sem se preocupar com o amanhã. De certo, é porque o amanhã provavelmente não irá existir, pois os humanos estão dizimando tudo que aqui há de vida.
Em realidades paralelas alocam o fim do mundo, mas ao meu ver, deixou de ser uma realidade paralela e distante, para uma realidade presente e atormentante em todos os dias aqui vividos.
Há quem critique os cientistas, mas pelo menos a partir disso temos noções básicas de como vamos de mal a pior. Esses são os últimos suspiros.
Últimos suspiros de dor,
últimos de amor.
O último gole de água potável,
o último rio a ser poluído.
A última geleira para derreter,
e o último ar puro já se foi.
Alimentos contaminados,
não é mais possível ser realmente saudável.
Animais reproduzidos em larga escala,
para atender uma população desenfreada.
Desenfreada de doenças crônicas,
de deformidades visuais e mentais.
Agora diga-me quem são os loucos...
Sinto que falamos mas ninguém mais pode nos ouvir.
Thábata Piccolo
Curitiba, Inverno 2019
Postado por
Thábata De Grandi Piccolo
segunda-feira, 12 de agosto de 2019
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