Doente de amor
Já não é mais paixão
Considero um amor denso
Abafa minha voz
Deixa-me tensa e cansada
Como uma nuvem sob mim
Um peso sob a cabeça
O ar sendo compelido
Emocional
Dois lados da balança
Qual é o preço que deve-se pagar
Por este amor
Corrói o sangue das veias
Coração bombeando
Não é sangue
Sinto cacos de vidro e farpas correndo nas veias
Lobotomia
Hoje o sol não nasceu aqui
Vislumbrando o dia como deve ser
Na rotação acelerada da Terra
Girando o mundo e o sol não nasce
Dor
Os olhos pesados deixam de enxergar
Consentindo o sofrimento
Ei de pagar por este amor
Sensato deixarei que se vá
Junto com o sereno da noite
Aos meus lamentos
As gotas que deslizam decrescentes
Sozinha
Terremoto
Ancorada
Última
Trova
Quando a noite nasce
O sol entende seu parcial fim
Lição esta
Aceitar o tempo como és.
Thábata Piccolo
Curitiba, Primavera 2016
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