A forca
Vejo o tempo passar e nada mudar
Fazendo a hora vencer e aos poucos o mundo acabar
Vento forte,mar e brisa,só não existe o luar
Devagar tudo se esvai,não da pra negar
Provavelmente o mundo gira em torno da percepção
Tudo o que existe se quebra,dificultando a visão
Me escondo nos becos esperando a salvação
Enquanto os pastores nas missas se aproveitam da religião
A vida embaraça os prazeres trazendo a morte
O sol alucina queimaduras no corpo forte
A alma escorre sangue para que a próxima se aborte
Eu vejo a ilusão e emito um conselho... se enforque!
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012
Você quer saber...
Se é pra falar de mim
Eu sofro mesmo assim
Passado condenado,amor aprisionado
Preciso ouvir um sim
Perdi os meus limites
E a agonia constante me faz chorar
Já nem sei dizer o que é saudade
Meu sentimento não tem idade
O que eu sinto não vai passar
Nos momentos vividos guardo a companhia
A falta que faz é minha anestesia
Finjo não notar,mas não consigo te esquecer
Faz parte de mim,eu só penso em você
Metade de nós,amor sem fim
Me abrace forte,volte para mim
De mãos dadas vamos olhar o céu,parece não ter fim
Caminhar na praça ou velejar ao bergantim
Isso não importa,eu já sei
Sem palavras para dizer
Sem contato para sentir
Sem a vida consentir
Sem você sorrir
Sem a alma morrer
Eu já sei,nunca te amei
Eu já sei,o tempo passou
Eu já sei,talvez me esqueci
Eu já sei,nas coisas em que menti
Eu já sei... sempre te amei!
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012
Jeito
Eu sou desse jeito...
Não tenho preconceito
Eu sei falar de amor
Eu sou desse jeito...
Não abro mão do respeito
Vamos curar a dor
Eu sou desse jeito...
Meu coração bate forte no peito
Em forma de esplendor
Paixão sem limite
A verdade não se omite
Passe o tempo que passar
Dure a vida ou o quanto tiver que durar
Para sempre vou te amar.
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012
Frequente nostalgia
As noites passam e ainda me lembro
Meu relógio marca os restantes segundos
Meu pensamento vaga no tempo e adormece nas lembranças
Os sons da vida já não conduzem mais nossas danças
Enquanto minha alma passeia em lugares sem fim
Buscando a outra metade de mim
Encontro você...
Viajo sozinha tendo nostalgias do passado
Em meu quarto escuro ouço as batidas do coração
Vivendo novamente momentos eternos
Vivendo o nosso para sempre
Em meu quarto escuro vejo flashes do nosso amor
As lágrimas salgadas umedecem a boca seca
Logo fecho os olhos parecendo sentir e viver tudo novamente
Seus olhos ao encontro dos meus
Pupilas dilatadas representando a paixão
Mãos entrelaçadas sustentando a direção
Bocas unidas provocando tesão
Lugares secretos e nós,escondidos da multidão
Era ali,bem ali,no rosto dele,a nossa perdição.
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012
Na vida existem regras,dentre elas as razões,em meio a elas emoções
Nas entre linhas corações,há verdades e negações
Somente em um lugar se cria algo diferente,longe de todas as nações,é dentro de nós mesmos... nossas próprias orações!
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012
Muitas vezes buscamos um motivo
Mas nem sempre lembramos de agradecer
Tantos dias e momentos que passam e não notamos
Tantos anos voam e reclamamos
Enquanto segundos adormecem
Encontramos mais motivos
Esquecendo que o maior motivo é viver
Ninguém aprecia a chuva como gosta-se da lua
Sendo que o motivo para viver é especial
Longe ou perto
Tolerável ou proibido
Discriminado ou impossível
E nem assim o coração deixará de amar
Quem busca motivo raramente pode se apaixonar
Quem cultiva o tempo sabe cuidar
Aproveita,não deixa-o passar
Raio de luz,estrela ou luar,todos podem brilhar
Platônico ou real,breve será sua paixão
Eterno será o seu amar.
Quero viver,quero sonhar
Os que pouco sonham nada vivem
Só aguardam o despertar.
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012