Posso dizer que aprendi a conviver com o tempo e demais momentos como eles são.
Entendi que a sociedade exige de você uma figura que na verdade está longe de existir,enganando então a si próprio com uma imagem imposta pela aceitação da sociedade.Para a família fazemos o papel até não dependermos mais de nossas essências,mas para a sociedade a imagem permanece eternamente.
Nesse tempo pude observar que nas piores fases da vida,onde a imagem vem a ser desmascarada,poucas pessoas se preocupam em perguntar simples palavras de um tão grande significado :''Como você está?''.Mal fazem a pergunta,resumindo então a necessidade de resposta que não será ouvida,e muito menos interessada a alguém.
Mal posso contar em meus dedos quantas pessoas fizeram essa pergunta,e realmente permaneceram ao meu lado quando mais necessitei.
Elas dão abrigo,mas esquecem o essencial...amor e carinho,portanto,novamente um simples ''Como você está ?''
Aprendi trilhando em meros passos nos destintos caminhos,que nem sempre a dor é eterna,tendo uma mão a mais ajudando a curar,ou não.
Senti na pele a humilhação de sentir-me sozinha,onde o chão não passaria hoje de um pensamento.O corpo estaria então flutuando na paralela dimensão de experimentar as dificuldades,e além disso,um experimento sem volta e solitário.
Hoje refletem diariamente as consequências de tais atos,onde me fazem olhar para trás e perceber o que perdi,o que ganhei.Ainda não consigo decifrar acontecimentos e suas explicações,sendo que em minha mente para nada existe uma convicta explicação.
Vejo famílias,pessoas,caminhos contrários,onde talvez tivessem sido planejados eternos daquela forma,sendo que um acontecimento brutal viesse a mudar tudo,quando menos pudesse se esperar.
Sem esquecer que atos mal pensados geram consequências,porém sendo fatos que encontram-se no destino e precisam ser vividos para um próprio crescimento interior,sendo de parentes,amigos e principalmente,de si mesmo.
Fecho os olhos e vejo o ontem,abro os olhos e vejo o hoje.Entro na realidade,totalmente diferente do que um dia poderia se pensar.Ontem,todos unidos e felizes,porém ocultando uma grave mentira.Hoje,um dia mais frio,sentimentos congelados,momentos ignorados.Tento fugir,adormeço e acordo,mas tudo continua igual,assim percebo que é a nova vida,o novo rumo.
Existem grandes possibilidades e chances de errar novamente,vindo a perder tudo,mas finjo não ver,ao mesmo tempo que poucas chances aparecem delicadamente em falhas de uma possível  reaproximação.Não consigo aceitar.
Como uma flor desabrochando,sinto um mundo se ocultando.
Não sei pensar,não que gostaria de ver,finjo não escutar,tento não falar,mudar,impor limites,acreditar no poder da sociedade e no poder de minha mente.Sofro,nego o sofrimento,sorrio,nego a felicidade,mundo neutro,sentimentos além de neutros,duas vidas que se separam.Aqui e lá,muitos já choraram.
Posso dizer que adormeço dentre lágrimas,vivo não entre altos e baixos,e sim em meios e termos.
Não sei mais como reagir,no fundo mentalizo,se realmente gostaria de reagir.
Não.

Thábata Piccolo

Curitiba,Outono 2012

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Abrir mi corazón...


Decido nuevamente abrir mi corazón
a la llegada del amor
despejando aquel dolor de lo pasado
y abrir mis ventanas
otra vez a la ilusión,
a la esperanza, a la pasión,
dejando aquel pasado en un costado...



Decido nuevamente abrir mi corazón
permitiéndome la llegada
de ese hermoso sentimiento,
que me completa, que es mi cimiento,
que me da vida, que es mi alimento...



Decido nuevamente abrir mi corazón
porque creo firmemente en el amor
sin importar las consecuencias
que ésto implique...
vacío, tristeza, soledad
o tantas ganas de llorar...
porque en el amor,
nos guste o no,
el dolor también existe...



Y no me importa, a pesar de ésto
te estoy abriendo de nuevo corazón,
ya pronto volverás a latir intensamente,
amando como ayer, profundamente
y serás nuevamente felíz,
tanto o más de lo que fuiste
al recuperar toda esa magia que perdiste...



Decido nuevamente abrirte, corazón,
mirando como siempre hacia adelante,
para darte como solo sabes darte,
intensa, sincera, dulcemente,
con amor, sin ningún temor
e inocencia al entregarte...


Laly Zayas