Criatura de Luz


Eu sou o respirar da sua pele
Eu sou o veludo ao redor do seu corpo
Eu sou o beijo no seu pescoço
Eu sou o brilho dos seus cílios
Eu sou o volume dos seus cabelos
Eu sou o canto de seus olhos
Eu sou a sua impressão digital
Eu sou o sangue em suas veias
E dia após dia eu fluo pelo seu coração


Não importa quão depressa você corra
E quão longe vá
Você me carrega contigo!
Não importa pra onde você vá
E o que você faça
Eu sou uma parte do seu ser!
Não importa quão depressa você corra
E quão longe vá
Você me carrega contigo!
Não importa pra onde você vá
E o que você faça
Eu sou uma parte do seu ser!


Não importa quão depressa você corra
E quão longe vá
Você me carrega consigo!
Aonde quer que você vá
O que quer que você faça
Eu sou parte de você!


Eu sou o sonho não vivido
Eu sou a saudade que persegue você
Eu sou a dor entre suas pernas
Eu sou o grito em sua cabeça
Eu sou o silêncio - o medo em sua alma
Eu sou a mentira - a perda de sua dignidade
Eu sou o desfalecimento - a ira do seu coração
Eu sou o nada - o que um dia você se tornará


Não importa quão depressa você corra
E quão longe vá
Você me carrega contigo!
Não importa pra onde você vá
E o que você faça
Eu sou uma parte do seu ser!
Não importa quão depressa você corra
E quão longe vá
Você me carrega contigo!
Não importa pra onde você vá
E o que você faça
Eu sou uma parte do seu ser!


Não importa quão depressa você corra
E quão longe vá
Você me carrega consigo!
Aonde quer que você vá
O que quer que você faça
Eu sou parte de você!


Criatura de luz, cuja sombra eu estou me tornando oh, oh

Lacrimosa


Bresso

Meu último cigarro enche meu pulmão
Minha palavras estremecem diante de ti
Repletas de esperança e medo
Você me vê sentado aqui petrificado
Sem amor - vazio e enfermo
Sangrando - exausto



Mas seu amor corre em minhas veias
Não estou morto - não - não estou morto
Não estou morto - não - não estou morto



Ainda escuto sua voz a me falar
Ainda sinto seus lábios a me tocar
Ainda brilha a sua luz em mim
Eu ainda te amo
Ainda
Ainda
Ainda



Ainda quero te conhecer
Quero me alimentar de seu espírito
Quero me perder completamente em tí
Me perder completamente em você



Toda sua beleza - todo seu brilho
O castigo por te amar -
O castigo do meu amor



Agora eu te pergunto - Aonde você está?
Aonde você está agora?
A esperança se esvai pela minha mão
A desesperança se tranca em meu coração
Sinto amor dentro de mim
Mentiras e palavras carinhosas escuto de ti
Meu relógio biológico - destruido
As lembraças condenam
E sempre te amei



Ainda escuto sua voz a me chamar
Ainda sinto seus lábios a me tocar
Ainda brilha a sua luz em mim
Ainda te amo
Por favor volte
Por favor

Lacrimosa


Posso dizer que aprendi a conviver com o tempo e demais momentos como eles são.
Entendi que a sociedade exige de você uma figura que na verdade está longe de existir,enganando então a si próprio com uma imagem imposta pela aceitação da sociedade.Para a família fazemos o papel até não dependermos mais de nossas essências,mas para a sociedade a imagem permanece eternamente.
Nesse tempo pude observar que nas piores fases da vida,onde a imagem vem a ser desmascarada,poucas pessoas se preocupam em perguntar simples palavras de um tão grande significado :''Como você está?''.Mal fazem a pergunta,resumindo então a necessidade de resposta que não será ouvida,e muito menos interessada a alguém.
Mal posso contar em meus dedos quantas pessoas fizeram essa pergunta,e realmente permaneceram ao meu lado quando mais necessitei.
Elas dão abrigo,mas esquecem o essencial...amor e carinho,portanto,novamente um simples ''Como você está ?''
Aprendi trilhando em meros passos nos destintos caminhos,que nem sempre a dor é eterna,tendo uma mão a mais ajudando a curar,ou não.
Senti na pele a humilhação de sentir-me sozinha,onde o chão não passaria hoje de um pensamento.O corpo estaria então flutuando na paralela dimensão de experimentar as dificuldades,e além disso,um experimento sem volta e solitário.
Hoje refletem diariamente as consequências de tais atos,onde me fazem olhar para trás e perceber o que perdi,o que ganhei.Ainda não consigo decifrar acontecimentos e suas explicações,sendo que em minha mente para nada existe uma convicta explicação.
Vejo famílias,pessoas,caminhos contrários,onde talvez tivessem sido planejados eternos daquela forma,sendo que um acontecimento brutal viesse a mudar tudo,quando menos pudesse se esperar.
Sem esquecer que atos mal pensados geram consequências,porém sendo fatos que encontram-se no destino e precisam ser vividos para um próprio crescimento interior,sendo de parentes,amigos e principalmente,de si mesmo.
Fecho os olhos e vejo o ontem,abro os olhos e vejo o hoje.Entro na realidade,totalmente diferente do que um dia poderia se pensar.Ontem,todos unidos e felizes,porém ocultando uma grave mentira.Hoje,um dia mais frio,sentimentos congelados,momentos ignorados.Tento fugir,adormeço e acordo,mas tudo continua igual,assim percebo que é a nova vida,o novo rumo.
Existem grandes possibilidades e chances de errar novamente,vindo a perder tudo,mas finjo não ver,ao mesmo tempo que poucas chances aparecem delicadamente em falhas de uma possível  reaproximação.Não consigo aceitar.
Como uma flor desabrochando,sinto um mundo se ocultando.
Não sei pensar,não que gostaria de ver,finjo não escutar,tento não falar,mudar,impor limites,acreditar no poder da sociedade e no poder de minha mente.Sofro,nego o sofrimento,sorrio,nego a felicidade,mundo neutro,sentimentos além de neutros,duas vidas que se separam.Aqui e lá,muitos já choraram.
Posso dizer que adormeço dentre lágrimas,vivo não entre altos e baixos,e sim em meios e termos.
Não sei mais como reagir,no fundo mentalizo,se realmente gostaria de reagir.
Não.

Thábata Piccolo

Curitiba,Outono 2012

O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido.


Aristóteles

Amor

O amor é um animal selvagem
Ele te respira ele te procura
Ele se aninha sob corações partidos
E vai à caça quando há beijos e velas
Ele chupa com força nos seu lábios
E cava túneis entre suas costelas
Ele cai suavemente como neve
Primeiro ele fica quente então frio por fim ele machuca

Amor Amor
Todos só querem
te domar
Amor Amor
no final
Pego entre seus dentes

O amor é um animal selvagem
Ele morde e arranha e caminha em minha direção
Ele me segura com força com mil braços
E me arrasta para dentro de seu ninho de amor

O amor é um animal selvagem
Você cai na armadilha dele
Ele te encara nos seus olhos
Fascinado quando a contemplação dele o atinge

Por favor por favor me dê veneno
Por favor por favor me dê veneno
Por favor por favor me dê veneno
Por favor por favor me dê veneno

Rammstein

Visão

Em meus andarilhos passo fundo
Discreta caminho entre os trilhos
O espaço descrito é imaginação da mente
Inconsequente a estrada dessa visão
No lago enfrenta-se escassez 
O calor escaldante é resultante de vulneráveis temperaturas 
Na pele exposta restam queimaduras
Péssimo dia na natureza morta
Prejudicam-se as luzes que podemos ver aos céus
Astronomia tão avançada,humanidade tão desfalcada
Cria-se expectativas de melhoras
Enquanto onde passamos decaem em pioras
Abro os olhos,assim observo
O caminho ilustrado na mente,é o mesmo traçado na vida
Existe no subconsciente
Porém no dia-a-dia vivido é o nosso presente.

Thábata Piccolo

Curitiba,Outono 2012


Sinto muito 

Sinto muito,eu não posso dizer que te amo
Pois isto é,e sempre será uma mentira
Aquele tempo vivido,os momentos onde estávamos envolvidos
Era ilusão de nossas mentes
Um saciar de desejos e vontades descontentes
Meu fetiche reprimido
Minhas safadezas que queimavam na pele
Vários corpos que provei,mas o mais alto prazer era meu e teu
Te usei,toquei teu corpo com volúpia e de forma proibida
Degustei o teu gozo em meio de brincadeiras
Sentimentos falsos iludindo orgasmos escondidos
Usei teu corpo como um meio de prazer
Abusei.

Thábata Piccolo

Curitiba,Outono 2012

Sensação de morrer

A visão embaraçada,garganta engasgada
Meu coração parando aos poucos
O corpo paralisado em outra dimensão 
Meus movimentos já não sinto
Devagar a respiração perde seu rumo
A vida em desatino,encontro-me em desalento
Muitas vezes não consigo rima
A pessoa que lê não compreende,desatina
Quando tento acordar algo me desvencilha
A vontade de gritar me tortura
Hoje estou sozinha
Não preciso de amigos
Sou infiel para ter amores
Novamente tento acordar
Agora estou sem forças
Caída,impossibilitada de levantar
Ruídos desagradáveis,pessoas imutáveis
Não escuto,não vejo,não falo
Não tenho movimentos...
É a morte
Tudo o que eu preciso é amar.

Thábata Piccolo

Curitiba,Outono 2012

Amar

Amar é desfrutar sabores
Ter novos amores,enxergar as cores
É sorrir por vontade,chorar sem notar
É gritar por ansiedade,falar quando se vê passar
Pular no companheirismo,agradar
É gostar sem saber,se apaixonar buscando o que seria amar
Amar os gestos,idolatrar as formas
É sentir o coração o palpitar
É descobrir um novo modo de viver
É fazer de tudo e nem assim poder
É ter saudade e arder
É não ter convivência,e mesmo assim não esquecer
É conviver no dia-a-dia provando o gosto de que ainda há saudade
É tristeza e felicidade
Primeira vista,tempo ou intimidade
Enfim,é amar
Desse jeito que eu amo você.

Thábata Piccolo

Curitiba,Outono 2012


Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.

Cecília Meireles 

As pessoas deveriam se comportar como seres celestiais e respeitar seus ancestrais.
Mas no fundo,acabam por esquecer o principal...nós somos todos iguais!


Thábata Piccolo


Curitiba,Outono 2012

Riscos



Aqueles que hoje correm,
Amanhã serão os mesmo que pedirão perdão
E buscam ainda salvar os que morrem
Também podendo ser um único coração
Rezando de noite,chorando de dia
Clamando proteção,num local tênubre
De longe um deles sorria
Enquanto muitos acolhiam um nobre
Pobres reis,ricos servos
Pobres de emoção,ricos de ouro,prata e mineração
Reis de berço,servos da escravidão
Muitas lutas e pouca gratidão
O que temos hoje?
Uma porca nação?
Desrespeito,preconceito,infidelidade,falsidade e traição?
-Não,não se pode acabar assim,por isso imploro agora
Salve-se nessa hora
Sonego palavras de curta duração
Abaixo a cabeça e insisto em dizer...
-Pobre nação !


Thábata Piccolo


Curitiba,Outono 2012

Blogger Widgets


Abrir mi corazón...


Decido nuevamente abrir mi corazón
a la llegada del amor
despejando aquel dolor de lo pasado
y abrir mis ventanas
otra vez a la ilusión,
a la esperanza, a la pasión,
dejando aquel pasado en un costado...



Decido nuevamente abrir mi corazón
permitiéndome la llegada
de ese hermoso sentimiento,
que me completa, que es mi cimiento,
que me da vida, que es mi alimento...



Decido nuevamente abrir mi corazón
porque creo firmemente en el amor
sin importar las consecuencias
que ésto implique...
vacío, tristeza, soledad
o tantas ganas de llorar...
porque en el amor,
nos guste o no,
el dolor también existe...



Y no me importa, a pesar de ésto
te estoy abriendo de nuevo corazón,
ya pronto volverás a latir intensamente,
amando como ayer, profundamente
y serás nuevamente felíz,
tanto o más de lo que fuiste
al recuperar toda esa magia que perdiste...



Decido nuevamente abrirte, corazón,
mirando como siempre hacia adelante,
para darte como solo sabes darte,
intensa, sincera, dulcemente,
con amor, sin ningún temor
e inocencia al entregarte...


Laly Zayas